
Gestada durante a presidência brasileira do G20, no ano passado, a Coalizão Global para o Planejamento Energético foi lançada na 3ª feira (3/6), em parceria com a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA). A iniciativa pretende promover a troca de experiências entre países para fomentar ou fortalecer instituições de planejamento energético e assim atrair investimentos para a transição para energias renováveis em países em desenvolvimento.
O lançamento da coalizão, realizado no Rio de Janeiro (RJ), contou com representantes de países como Canadá, Dinamarca, Reino Unido, Nigéria e Quênia, bem como de instituições multilaterais de financiamento como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Com a proposta, o Brasil se propõe a oferecer a expertise nacional em planejamento energético e arcabouço regulatório para atrair investimentos em energia a países do Sul Global, destacou a Folha.
A articulação segue os moldes da Coalizão Global contra a Fome, proposta pelo presidente Lula durante a reunião de líderes do G20 no Rio de Janeiro, em 2024. A ideia é criar um ambiente que reúna instituições governamentais, especialistas e outros públicos de interesse para trocar experiências e ajudar países mais pobres a desenvolver estruturas de planejamento e recursos para acelerar investimentos.
Com a função de secretariar a coalizão, o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, disse ao Valor que a agência quer viabilizar trabalhos junto com outros membros do G20 e promover medidas de financiamento. “Agora teremos a compreensão política do papel que o planejamento energético pode desempenhar para garantir estruturas para mais investimentos”, disse La Camera. “Esse planejamento deve ser uma cooperação dos governos, não apenas no nível técnico, mas também no político. Assim vamos acelerar a transição energética”, completou.
O financiamento à transição energética é motivo de embate entre países signatários do Acordo de Paris e deve ser um dos temas cruciais da COP30, em Belém, na expectativa de organizações ambientalistas. Para La Camera, a coalizão pode ser mais uma das contribuições que o Brasil pode incluir no documento final da cúpula do clima.
Canal Energia também noticiou o lançamento da coalizão.