
O sul da França enfrenta mais um episódio grave da crise climática. Um incêndio florestal de grandes proporções atingiu áreas próximas à cidade de Marselha, forçando o fechamento total do aeroporto local nesta 3ª feira (8/7), conforme reportado por Guardian e AFP. O fogo, impulsionado por ventos fortes e temperaturas elevadas, se alastrou rapidamente, cobrindo a região de fumaça. De acordo com a Reuters, cerca de 30 voos foram cancelados e passageiros precisaram ser evacuados. As imagens obtidas pela Sky News são impressionantes.
As autoridades locais classificaram o incêndio como “extremamente violento”, com mais de 700 hectares queimados em poucas horas, segundo informações da Associated Press. Aproximadamente 650 bombeiros foram mobilizados, e três rodovias principais foram interditadas. A orientação oficial relatada pela BBC foi para que os moradores da região de Vitrolles, onde o fogo começou, permanecessem em casa. Embora as causas exatas estejam sob investigação, o cenário é típico de um verão europeu cada vez mais hostil.
Marselha não está sozinha. Segundo a Euronews e o New York Times, países como Espanha e Portugal também enfrentam ondas de calor extremo e incêndios florestais simultâneos. Portugal registrou 284 mortes em excesso durante os dias mais quentes da atual onda de calor. Já na Espanha, milhares de pessoas foram orientadas a não sair de casa por conta da fumaça tóxica. Nos Bálcãs, Independent descreveu como a cidade croata de Split enfrentou, ao mesmo tempo, incêndios florestais e tempestades violentas, que causaram danos importantes.
Especialistas alertam que esses eventos estão se tornando mais frequentes e intensos, em linha com as previsões científicas para um mundo que já ultrapassou 1,5°C de aquecimento. A combinação de perda de cobertura vegetal, urbanização desordenada e falta de preparo para extremos climáticos agrava os impactos. No caso de Marselha, o fechamento de um dos principais aeroportos do país evidencia a vulnerabilidade até de infraestruturas críticas diante do avanço da crise climática.
O episódio reforça a urgência de políticas climáticas mais ambiciosas e de adaptação eficaz. É preciso acelerar a implementação destas medidas com a mesma velocidade das emergências que se multiplicam.
Enquanto isso, o verão europeu de 2025 vai se confirmando como mais um capítulo alarmante da era dos extremos climáticos.



