
O governo da Índia anunciou que o país atingiu um marco em sua jornada de transição energética: em 30 de junho, mais de 50% de sua capacidade instalada de geração elétrica foi proveniente de fontes não fósseis. É uma antecipação de cinco anos da meta estabelecida em 2015 junto ao Acordo de Paris, que previa atingir esse percentual somente em 2030.
A capacidade elétrica instalada da Índia atingiu 485 gigawatts (GW) no último dia de junho, sendo 243 GW (50% do total) provenientes de fontes não fósseis, de acordo com Reuters e Down to Earth. A energia renovável (excetuando-se as hidrelétricas) representa 38% (185 GW) do total; a hidreletricidade, 10% (49 GW); e a energia nuclear, 1,8% (8,8 GW).
O anúncio ocorre no momento em que a produção elétrica renovável da Índia cresceu no 1º semestre em seu ritmo mais rápido desde 2022, enquanto a geração a carvão caiu quase 3%. No entanto, os fósseis ainda foram responsáveis por mais de dois terços do aumento na geração elétrica no ano passado. Além disso, a Índia planeja expandir a capacidade de energia a carvão em 80 GW até 2032 para atender à crescente demanda, explicou o Financial Times.
O governo indiano atribuiu o sucesso a uma combinação de medidas políticas e à implantação em larga escala de tecnologias renováveis. E planeja atingir 500 GW de capacidade não fóssil até 2030, bem como emissões líquidas zero até 2070. A adição de capacidade elétrica não fóssil inclui não apenas usinas eólicas e solares, mas também hidrelétricas e plantas nucleares.
Renewables Now, Carbon Copy, Business Standard, MINT, Global Green News e Economic Times também repercutiram o aumento da capacidade elétrica não fóssil da Índia.



