Justiça torna réu acusado de mandar matar Bruno Pereira e Dom Phillips

“Colômbia” era líder de organização criminosa que lucrava com caça e pesca ilegal na Terra Indígena Vale do Javari.
23 de julho de 2025
Dom Phillips e Bruno Pereira
ilustração Cris Vector

A Justiça Federal do Amazonas aceitou nesta 2ª feira (21/7) a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Ruben Dario Villar – vulgo Colômbia – denunciado como mandante das mortes do indigenista Bruno Pedreira e do jornalista britânico Dom Phillips em junho de 2022 no Vale do Javari (AM). Ele é a 9ª pessoa denunciada pelo duplo assassinato.

Segundo as investigações, Colômbia era líder de uma organização criminosa que operava de forma estruturada e hierarquizada para lucrar com caça e pesca ilegal na região. Ele fornecia os meios logísticos para a prática de crimes ambientais, como embarcações, armas e combustível, informam O Globo, Vocativo e AM Post. De acordo com a denúncia, Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira teriam agido sob suas ordens.

O Poder 360 relembra a primeira prisão de Colômbia, quando este se apresentou à sede da Polícia Federal (PF) em Tabatinga (AM), em junho de 2022. Na época, ele negou participação no crime, mas acabou detido por ter apresentado documentação falsa. Foi solto provisoriamente, mas voltou a ser preso por descumprir medidas cautelares.

Em novembro de 2024, Colômbia foi indiciado pela PF como mandante do crime e está preso preventivamente desde então. A juíza federal Cristina Lazzari Souza confirma a existência de provas suficientes para iniciar o processo criminal, como ligações telefônicas, depoimentos, apreensões e até escutas autorizadas feitas dentro da cela da Polícia Federal.

Em nota ao g1, a defesa de Colômbia afirma ter recebido a denúncia com tranquilidade e que não há indícios que liguem o acusado ao crime.

Além de Colômbia, a PF também indiciou outras oito pessoas com papéis na execução dos homicídios e na ocultação dos cadáveres das vítimas.

A Justiça Federal também levantou o sigilo dos autos para garantir transparência no caso, atendendo pedido feito pelo MPF, completa a CNN Brasil. Na última 6ªfeira (18/07), o MPF pediu que o julgamento dos acusados seja submetido a júri popular em Manaus (AM).

A notícia da denúncia também foi repercutida em SBT News, Jornal Nacional, EBC, CBN e Amazonas Atual.

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