
Está a caminho mais uma etapa do licenciamento para a exploração de petróleo no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas – em tese, a última antes da decisão final do IBAMA. O órgão propôs à Petrobras uma reunião em 12 de agosto sobre a Avaliação Pré-Operacional (APO). A APO é um simulado de vazamento de petróleo para verificar se o plano de ação da petroleira é suficiente, tanto para conter um possível vazamento como no socorro à fauna atingida. A notícia é do Valor.
Segundo o IBAMA, o objetivo da reunião será apresentar pontos que serão analisados pelo órgão na APO, tirar dúvidas sobre a logística e a documentação e discutir a janela de execução da atividade. “De forma a contribuir com o planejamento em execução pelo IBAMA, a Petrobras deve apresentar uma ou mais propostas de cenário para execução”, disse o órgão em ofício registrado na 4ª feira (23/7) no processo de licenciamento do bloco 59.
A Petrobras vem pressionando o IBAMA para realizar a APO o quanto antes. Chegou a sugerir que o simulado de vazamento ocorresse em 14 de julho, já que a plataforma que designou para o exercício (e também para perfurar o poço no bloco 59, se a licença for concedida) já estava perto da área desde o fim de junho.
No entanto, o órgão ambiental frisou que não havia prazo para a APO. E somente agora se manifestou sobre a realização do simulado. Mesmo assim, ao propor a reunião para meados do próximo mês, o IBAMA sinaliza que a APO pode acabar ficando para setembro. Cada vez mais perto da COP30 portanto.
Vale lembrar que o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, autorizou a Petrobras a fazer a avaliação mesmo com recomendação contrária de técnicos do IBAMA. Na verdade, a análise técnica recomendou negar a licença para a petroleira. Pela terceira vez.
Em tempo: O leilão de volumes de petróleo em áreas não contratadas do pré-sal, que o governo promoverá para aumentar sua arrecadação neste ano, está previsto para 26 de novembro. A Pré-sal Petróleo SA (PPSA), responsável pelo certame, prevê lançar o pré-edital no início de agosto, o que é necessário para que o dinheiro entre no orçamento federal ainda em 2025. A expectativa do governo é arrecadar pelo menos R$15 bilhões com o leilão das participações da União. A eixos deu mais detalhes.



