
Apesar das chances de aparição do La Niña nos próximos meses terem aumentado, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou nesta 3ª feira (2/9) que o fenômeno não deve impedir temperaturas acima da média no restante do ano. O La Niña tem 55% de chance de ocorrer entre setembro e novembro e 60% entre outubro e dezembro.
O fenômeno climático natural é responsável pelo resfriamento das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico equatorial central e oriental, trazendo mudanças nos padrões de vento, pressão e precipitação, explicam Guardian e Agência Brasil. Porém, especialistas alertam que o evento não deve mudar a tendência de temperaturas mais quentes do que o normal em 2025 – de fato, o La Niña apareceu três vezes entre 2020-2023, anos entre os dez anos mais quentes já registrados.
As temperaturas seguem em níveis recordes depois do fim do El Niño em 2024. O calor deve ser destaque em grande parte da América do Norte, Europa, Ásia e também o Hemisfério Sul, informam Folha, Exame e Um Só Planeta.
No Brasil, as mudanças devem trazer chuvas para Norte e Nordeste – em especial áreas de Roraima, Amapá, norte do Pará, norte do Amazonas e Maranhão – tempo mais seco no Rio Grande do Sul e semanas atípicas de frio em outubro ou novembro no Sudeste.
“Segundo a previsão da Climatempo, se tivermos a formação do La Niña, ele deve ser um fenômeno de fraca intensidade e de curto período de duração, mas é lógico que isso implica em alguns impactos para o Brasil”, disse César Soares, meteorologista da Climatempo, ao g1.Para a OMM, as alterações climáticas promovidos pelo La Niña podem ser traduzidas em impactos de milhões de dólares na economia, agricultura, energia, saúde e transporte, além de colocar milhares de vidas em risco, destaca a Reuters.



