
Equipes de bombeiros da Califórnia lutam para salvar o bosque de Garnet, lar de sequoias gigantes, algumas delas milenares, que sofre com um incêndio florestal. As ações de combate às chamas incluem desde cercar as árvores com sprinklers a enviar bombeiros especializados para subir nas árvores e apagar as brasas, segundo o New York Times.
Garnet abriga cerca de 170 sequoias gigantes, algumas com idade estimada de 2.000 anos, de acordo com a organização Save the Redwoods. De acordo com o Guardian, o incêndio no bosque começou em 24 de agosto e foi causado por um raio. As chamas já queimaram quase 25.000 hectares, e apenas 15% do incêndio está contido, informa o The Weather Channel.
Uma avaliação aérea realizada na manhã de 2ª feira (8/9) mostrou chamas na copa de uma das sequoias gigantes, disse Adrienne Freeman, porta-voz do Serviço Florestal dos EUA. Mais tarde, ela relatou ao LA Times que várias outras árvores estavam em chamas.
As sequoias são adaptadas ambientalmente ao fogo e normalmente dependem do calor das chamas para liberar sementes de suas pinhas e se reproduzir. Mas as árvores não têm sido páreo para os incêndios na Califórnia nos últimos anos.
O fogo se tornou tão destrutivo – resultado das mudanças climáticas e de anos de combate a incêndios, deixando florestas densas com vegetação inflamável – que matou árvores antes consideradas invencíveis. Cerca de 14.000 sequoias gigantes adultas morreram nos últimos cinco anos, um quinto de todas as árvores maduras.
As sequoias crescem apenas na Califórnia, nas encostas ocidentais da Sierra Nevada, são as maiores árvores do mundo e podem viver por milhares de anos.
NBC, Reuters, Washington Post e Newsweek também noticiaram a ameaça do fogo a sequoias gigantes na Califórnia.
Em tempo: Mais de 1.900 incêndios florestais foram registrados na União Europeia neste ano, queimando uma área recorde de 9.860 km², equivalente ao território de Chipre. A crise climática desempenha um papel importante nas cenas intermináveis de fumaça e fogo, destaca a Bloomberg, em matéria traduzida pela Folha. Afinal, a Europa é o continente que mais aquece no mundo, e o calor escaldante e a seca que alimentaram os incêndios deste verão devem se intensificar nas próximas décadas. Soma-se a isso a falta de coordenação entre agências, a fragmentação da propriedade da terra e os serviços de combate ao fogo com poucos recursos, que também transformaram muitos focos em incêndios incontroláveis.



