Às vésperas da COP30, a Polícia Federal e o IBAMA destruíram 49 balsas do garimpo ilegal de ouro no rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas. A Operação Hefesto II, deflagrada na 6ª feira (24/10), aconteceu entre os distritos de Aliança, São Carlos e Nazaré, em Porto Velho (RO), e teve como objetivo combater crimes ambientais na região.
Em nota, a PF afirmou que as balsas eram de médio e grande portes, mostrando como a atividade era estruturada e com capacidade de extração em larga escala. Por não conseguirem remover os equipamentos, as embarcações e seus motores foram inutilizados no local, informa a IstoÉ Dinheiro.
Também foram apreendidos celulares dos suspeitos e frascos contendo mercúrio, substância tóxica utilizada para separar o ouro de outros materiais. Os envolvidos podem responder por crimes ambientais, exploração ilegal de recursos da União e formação de quadrilha. Os investigadores agora buscam descobrir quem financia e organiza a atividade ilegal, além de quem compra o ouro ilegalmente.
Estadão, g1, AC24horas e BNC Amazonas também noticiaram a operação.
Em tempo: O garimpo ilegal impulsionou a destruição da Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso, líder no desmatamento em TIs em 2024. A atividade devastou 53% da área impactada em 2023 e 2024, revela estudo do IPAM, com base em dados do PRODES, do INPE. A área impactada quadriplicou em um ano e pode ser “resultado do aumento da pressão dessa atividade ilegal associado à fiscalização insuficiente”, destaca O Globo.
