
No 2º dia do Fórum de Líderes Locais, frente de prefeitos brasileiros entrega documento com propostas e pedidos para líderes da COP30.
Prefeitos e governadores que participam do Fórum Global de Líderes Locais, que integra a agenda oficial da COP30 e termina nesta 4ª feira (5/11), no Rio de Janeiro, reafirmaram o compromisso de enfrentar as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Mas também aproveitaram para reivindicar mais recursos para mitigação e adaptação e criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por atacar a agenda do clima.
Na abertura do fórum, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que Trump é o principal destruidor do clima do planeta, informa o Valor. O britânico também é copresidente do C40, coalizão que reúne prefeitos de quase 100 cidades para a discussão de iniciativas verdes.
Khan valorizou a contribuição de líderes subnacionais, como prefeituras, governos estaduais e lideranças locais, em ações de adaptação e resiliência climática. “Os destruidores do clima eram os que se apegavam aos combustíveis fósseis do passado. Mas grupos como o C40, os defensores do clima, nos oferecem uma alternativa”, afirmou o prefeito de Londres.
Anfitrião do fórum, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que há “muitos prefeitos anti-Trump” comprometidos com a agenda climática, segundo o g1. Ele defendeu o protagonismo das cidades e disse que a continuidade das políticas ambientais depende menos dos governos nacionais e mais das prefeituras.
Ontem (4/11), cerca de 100 prefeitos de algumas das maiores cidades brasileiras apresentaram um documento a ser entregue a líderes globais na COP30. A carta reúne propostas e pedidos para que novas medidas de combate às mudanças climáticas sejam implementadas nos próximos anos, com foco em ações locais e políticas que conciliem desenvolvimento econômico e sustentabilidade, informam g1, Valor e Jornal Hoje.
A Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) reivindica no documento o fortalecimento da atuação local em seis eixos. Entre eles estão a instituição de mecanismos que garantam a participação efetiva de governos locais nos processos da Convenção do Clima (UNFCCC); e a instituição de um mecanismo de acesso direto por entes subnacionais a fundos climáticos internacionais, com ênfase em financiamento estruturado para adaptação e resiliência urbana.



