Chuvas continuam provocando morte e destruição no sudeste asiático

Águas chegaram a atingir 2 metros de altura em algumas áreas, isolando milhares de pessoas; número de vítimas sobe no Vietnã.
25 de novembro de 2025
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Reprodução NBC News

As chuvas fortes continuam a provocar devastação generalizada no sudeste da Ásia. Vietnã, Tailândia e Malásia enfrentam aguaceiros que ilharam turistas, deslocaram milhares de pessoas e relembram o cenário de monções mortais do ano passado.

Os impactos no Vietnã aumentaram desde ontem: já são 91 mortos, e 11 pessoas ainda estavam desaparecidas. Os impactos econômicos também foram recalculados, saindo de US$ 341 milhões (R$ 1,8 bilhão) para US$ 493 milhões (R$ 2,6 bilhões). As graves inundações e deslizamentos de terra perpassam uma extensão de 800 km ao longo da região central do país, incluindo terras altas, conta o POLITICO Pro.  

Na Malásia Peninsular, segundo a Bloomberg, mais de 16 mil pessoas precisaram ser deslocadas para 126 centros de evacuação em áreas da fronteira norte do país. Oito estados malaios foram inundados.

Já nas províncias do sul da Tailândia, as águas chegaram a atingir 2 metros e mataram 13 pessoas. Mais de 4 mil turistas malaios estão retidos em hotéis no país, e as viagens para a Malásia estão canceladas até semana que vem. A área tailandesa mais afetada é um importante distrito comercial e porta de entrada para o sul do país.

O governo da Tailândia estima que 2,1 milhões de pessoas foram afetadas, com 13 mil transferidas para abrigos ou isoladas, segundo Euronews e Independent. As forças armadas do país foram acionadas e usaram aviões para carregar medicamentos, alimentos e água, além de 14 barcos, um porta-avião e dois helicópteros, com cozinhas de campanha para fornecer 3 mil refeições por dia.

A indústria da borracha da Tailândia foi duramente atingida. O país é um dos maiores produtores desse material, informa a Reuters.

O ministro da Indústria, Thanakorn Wangboonkongchana, informou que 17 usinas de energia estavam fora de operação, e as autoridades estão redirecionando a produção elétrica para outras províncias. Cerca de 715 fábricas foram inundadas, gerando prejuízo de US$ 39,6 milhões (R$ 213 milhões) até o momento.

CNN e NBC também falaram sobre as inundações no Sudeste Asiático.

  • Em tempo: Chuvas intensas atingiram Santa Catarina desde sábado (22/11), provocando alagamentos, danos e interrupções de serviços em ao menos 33 cidades. Segundo a Defesa Civil, em apenas três horas choveu o equivalente ao previsto para a semana no município de Luiz Alves. Onze cidades decretaram emergência no estado, informam InfoMoney e g1.

    No domingo (23/11), um temporal de granizo atingiu Erechim (RS), deixando 200 pessoas feridas. Segundo a prefeitura, foram 20 minutos de temporal, afetando quase 35 mil pessoas - mais de um terço da população, destaca o g1.

    Já no Paraná, uma chuva de granizo deixou Ponta Grossa parecendo coberta de neve. O evento aconteceu na 2ª feira (24/11), quando os termômetros bateram 22,1°C na cidade. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) explicou ao g1 que um dos fatores para o temporal foi a queda abrupta de temperatura e a energia contida na camada que fica entre 3 km e 6 km da superfície. Apesar de não estar tão calor na superfície, estava muito frio nesta camada, o que favoreceu a formação de pedras de gelo.

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