O drama dos Mapuches frente ao fracking argentino em Vaca Muerta

15 de outubro de 2019

A exploração do gigantesco campo de gás de folhelho argentino de Vaca Muerta tem sofrido uma quantidade respeitável de acidentes: só no ano passado, foram quase 1.000 incidentes em 95 poços, quase 3 por dia. Há um mês, um poço explodiu e ficou 24 dias pegando fogo.

Vaca Muerta cobre uma área de 8.500 km2, na província de Neuquén, nas encostas dos Andes.

Uma matéria do The Guardian coloca em foco o impacto que o fracking está causando na Comunidade Tradicional da região, a dos Mapuches. Apesar das comemorações do governo Macri, para os Mapuches sobrou “discriminação, desapropriação e problemas de saúde”. Mabel Campo Maripe, que divide com seu irmão a responsabilidade de chefiar a comunidade de Campo Maripe, conta que “quando íamos à escola, os outros alunos gritavam: ‘Lá vêm os índios’! Essas mesmas pessoas hoje se recusam a aceitar que somos Mapuches porque isso nos daria o direito à nossa terra”.

O governo da província nega a identidade cultural da comunidade e, assim, nega seus direitos legais sobre uma área do planalto onde mais de 500 poços de fracking foram perfurados, tornando a região o centro do boom da exploração de gás.

 

ClimaInfo, 15 de outubro de 2019.

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