Representantes de 10 entidades ambientalistas e de direitos humanos se reuniram ontem para denunciar a escalada dos ataques a ativistas, organizações e Povos Indígenas no país.
Na avaliação das organizações, o discurso ao longo da campanha eleitoral se transformou em “ações concretas”. Os grupos expuseram preocupações com ameaças a liberdades fundamentais e se manifestaram contra medidas recentes tomadas por órgãos oficiais contra organizações da sociedade civil, denunciando falsas acusações e prisões arbitrárias baseadas em provas infundadas.
Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o governo federal escolheu o setor ambiental como um laboratório para medidas autoritárias.
Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria, defende a retomada do diálogo de ideias divergentes: “Precisamos acabar com esse ambiente de destruição. Você pode desconstruir uma ideia enquanto objeto, o que não pode é destruir o debate. Isso nós já perdemos há muito tempo.”
O encontro foi noticiado por O Globo, DW, Congresso em Foco, O Liberal e Jornal GGN.
A coletiva da 3ª feira ecoa as mensagens do ato promovido pelo Pacto pela Democracia, que reuniu representantes de organizações da sociedade civil, ativistas e acadêmicos na última 2ª feira. Para o grupo, a democracia brasileira vive um de seus momentos mais conturbados, o que exige mobilização da sociedade civil para defender o respeito à Constituição e um debate público distante do ódio e do confronto. A Folha de S. Paulo fez um bom resumo dos debates.
ClimaInfo, 4 de dezembro de 2019.
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