Planos do governo Bolsonaro para a Amazônia não têm prazos, metas nem verba

11 de fevereiro de 2020

O anúncio do Conselho da Amazônia feito por Bolsonaro no primeiro dia do Fórum de Davos foi improvisado e carece de prazos, estrutura, objetivos claros e verba, indicam as entrevistas feitas com as autoridades envolvidas feitas por Luciana Coelho e Gustavo Uribe para a Folha de São Paulo.

Os planos foram improvisados após o governo se surpreender com o fato da questão ambiental ser um vértice do evento em Davos.

A ideia de retomar o conselho criado por decreto por FHC foi de Salles, para quem, segundo a Folha, “a iniciativa responderia às críticas tanto de países europeus e de investidores estrangeiros, além de envolver na pauta de forma direta outros ministérios.” O nome de Mourão para comandá-lo, foi sugerido pelo ministro da secretaria de governo, general Luiz Eduardo Ramos.

A criação da Força Nacional Ambiental, também engatinha. Como esta dependerá dos estados, até os integrantes do governo mais otimistas acham improvável a Força Nacional Ambiental começar a atuar efetivamente na floresta até maio, um mês antes do período de seca, quando sobe o risco de queimadas.

A terceira ação prometida, a conversão do Centro de Biotecnologia da Amazônia em centro de negócios sustentáveis a partir de abril, ainda está em fase embrionária, o que praticamente inviabiliza o prazo.

 

ClimaInfo, 11 de fevereiro de 2020.

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