No domingo, o trabalho de fiscais do Ibama foi interrompido por Edward Luz que dizia cumprir ordens do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, proibindo a retirada de invasores da Terra Indígena (TI) Ituna/Itatá, no Pará. O comandante da operação ordenou que Luz saísse da TI e, diante de sua recusa, o algemou e prendeu.
Fabiano Maisonnave, da Folha, conversou com Daniel Azeredo, o procurador da 4ª Câmara – Meio Ambiente e Patrimônio do Ministério Público Federal, que desmentiu Luz: “O antropólogo está sem qualquer razão. A operação do Ibama se desenrola dentro da lei, e ele não pode interferir ou atrapalhar.”
Elida Oliveira, d’O Globo, conta que a Terra Indígena Ituna/Itatá, teve recorde de desmatamento em 2019, um aumento recorde entre as demais terras monitoradas.
Em tempo: o website De Olho nos Ruralistas fala do legado de mortes, escravidão e pedofilia deixado pelas missões comandadas pelo pai do bolsonarista Edward Luz; em 2015, ele (o pai) expôs durante uma CPI da Funai o método a ser utilizado se o governo proibisse a pregação do evangelho: “Vamos banhar a semente em sangue se for preciso”.
ClimaInfo, 18 de fevereiro de 2020.
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