Será que o coronavírus matará a indústria fóssil e ajudará a salvar o clima?

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O futuro do setor de petróleo e gás “depende de uma mistura de geopolítica, margens de lucro, sentimento dos investidores, ajuda governamental, de um lado, e, de outro, de metas líquidas de emissões zero, pressão de ativistas e, não menos importante, do comportamento dos consumidores – será que o novo normal [será] o trabalho virtual?”

Damian Carrington, Jillian Ambrose e Matthew Taylor, refletem no The Guardian sobre os impactos sentidos pelo setor diante da queda de demanda decorrente das quarentenas e do fechamento de fronteiras e da guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. O que vem acontecendo fez os preços chegarem ao ponto mais baixo em duas décadas, fez algumas petroleiras perderem metade de seu valor de mercado, já houve um corte de ⅔ dos investimentos previstos para este ano e a de milhares de empregos que, muitos dizem, pode chegar na casa do milhão.

A matéria detalha outros aspectos da crise e traz a fala de vários acadêmicos e especialistas, inclusive apontando que o objetivo da Arábia Saudita, ao aumentar a produção, pode ser o de vender o máximo que puder antes que a onda de renováveis varra o deserto.

O que parece certo é que o setor não voltará a ser o que era. Não se sabe ao certo, quais empresas e modelos de negócio emergirão e se, no final das contas, se e quanto o clima se beneficiará desta crise.

 

ClimaInfo, 2 de abril de 2020.

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