O período entre 2010 e 2019 foi o mais quente já registrado, de acordo com um novo relatório global publicado ontem. Os dados sustentam uma tendência preocupante: cada década desde 1980 foi mais quente que a anterior, sendo que a década passada foi cerca de 0,2°C mais quente que o período entre 2000 e 2009.
De acordo com o Bulletin of the American Meteorological Society (BAMS), a Terra registrou em 2019 perda de massa em geleiras, calotas polares e permafrost pelo 32º ano consecutivo. O nível médio do mar subiu pelo 8º ano seguido, atingindo 87,6 mm acima da média de 1993, quando as medições de satélite começaram, com um aumento médio anual de 6,1 mm a partir de 2018. As emissões de carbono também aumentaram, com a concentração de CO2 aumentando 2,5 partes por milhão (ppm).
Os últimos seis anos, de 2014 a 2019, foram os mais quentes desde o início dos registros globais, um período que incluiu enormes ondas de calor nos EUA, Europa e Índia, temperaturas assustadoramente altas no Ártico e incêndios florestais mortais da Austrália à Califórnia e Grécia. Os anos de 2015 e 2016 seguem sendo os mais quentes já registrados, com 2019 em 3º lugar.
Reuters e The Guardian repercutiram os principais pontos desse levantamento.
ClimaInfo, 13 de agosto de 2020.
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