ONU quer marcar aniversário do Acordo de Paris para reforçar revisão de metas nacionais de redução de emissões

Acordo de Paris aniversário

Em 12 de dezembro, o Acordo de Paris completará cinco anos desde sua aprovação, na Conferência do Clima (COP21). Para marcar essa ocasião – e impulsionar os países na revisão de suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) para o tratado – a Convenção da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o Reino Unido, anfitrião da próxima Conferência (COP26) em 2021, reforçarão a necessidade de mais ambição por parte dos governos no enfrentamento da crise climática.

Como a Climate Home informou, apenas 13 países submeteram à UNFCCC a revisão de suas NDCs até agora, um número que representa míseros 3,6% das emissões globais de carbono. A priori, a previsão era de que os novos documentos fossem apresentados antes da COP26, prevista inicialmente para novembro de 2020. No entanto, em virtude da pandemia, a Conferência acabou sendo adiada em um ano, o que fragilizou a pressão que vinha sendo feita para que os países revisassem suas metas ainda neste ano.

Em uma sessão virtual realizada ontem (24/9) pela ONU, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que a ação climática “não pode ser outra vítima do coronavírus”, e defendeu que os países incorporem mais ambição climática em seus planos de recuperação econômica pós-pandemia. No entanto, o próprio Reino Unido está sofrendo para conseguir levar adiante seus planos de revisão de sua NDC em 2020, por conta da retomada do contágio por COVID-19 nos países britânicos.

Em tempo: O anúncio da China sobre a neutralização de suas emissões de carbono até 2060 segue repercutindo. Reuters destacou o potencial conjunto que esse engajamento chinês com a neutralidade climática pode ter aliado a uma vitória de Joe Biden nos EUA em novembro. O Financial Times foi nessa linha, ressaltando também a falta de detalhes do plano chinês e os desafios que o país enfrentará para viabilizar essa meta nas próximas quatro décadas. Por outro lado, a Quartz aponta para as milhares de novas plantas a carvão como um obstáculo sério às intenções chinesas.

 

ClimaInfo, 25 de setembro 2020.

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