Depois da Califórnia, o Colorado enfrenta recorde de incêndios florestais nos EUA

Colorado incêndios florestais

O estado norte-americano do Colorado sofre com os piores incêndios florestais de sua história. Nas últimas semanas, os focos se mantinham esparsos, mas na 4ª feira (21/10) a área em chamas se expandiu de 78 km2 para 508 km2. Ao todo, cerca de 685 km2 de terreno foram consumidos pelo fogo até o final de semana passado. A Associated Press ressaltou que a escalada do fogo acontece em um momento delicado para o estado, que sofre com alta nos casos de COVID-19. Para piorar, a estiagem prolongada e as temperaturas mais altas nesse outono criam condições para que o fogo siga queimando.

Enquanto isso, a situação na Califórnia segue preocupante. O Guardian informou que os moradores do norte do estado foram alertados para a possibilidade de novos incêndios, em razão dos fortes ventos previstos para a região, que poderiam espalhar o fogo para outras áreas. Na semana passada, cerca de 30 mil moradores foram afetados por blecautes preventivos de energia causados pela distribuidora de energia para evitar novos focos de incêndios. O jornal também abordou os impactos dos megaincêndios sobre a indústria de vinhos da Califórnia, que movimenta cerca de US$ 43 bilhões.

Os incêndios no Colorado foram destacados por Reuters, Vox, The New York Times e The Washington Post.

Em tempo: The Independent repercutiu as declarações “bizarras” de Donald Trump sobre a geração eólica de energia feitas durante o debate presidencial de 5ª feira (22/10). Trump afirmou que os geradores eólicos são extremamente caros, “matam todos os pássaros” e “os vapores que sobem, se você acredita na emissão de carbono… eles geram mais do que o gás natural, que é muito limpo”. Como quase tudo que ele diz, essas afirmações não são verdadeiras. No passado, Trump também acusou os geradores de causarem câncer, sem apontar qualquer evidência sobre isso. Scientific American e The New York Times também deram um panorama das falas de Trump e Biden sobre clima.

 

ClimaInfo, 26 de outubro 2020.

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