A diretora-executiva do Greenpeace Internacional, Jennifer Morgan, foi a convidada da edição da última 2ª feira (7/12) do programa Roda Viva (TV Cultura). Um dos principais nomes do movimento ambientalista internacional contemporâneo, Morgan criticou duramente a política ambiental do governo Bolsonaro no Brasil e as tentativas de perseguição a organizações da sociedade civil brasileira. Em particular, ela condenou a proposta de “controlar 100%” das entidades sociais que atuam na Amazônia. “Isso é totalmente contrário à democracia. É uma intimidação que contraria a própria Constituição, a mesma que o governo Bolsonaro jurou seguir”, afirmou.
Ela contextualizou os ataques do governo Bolsonaro à sociedade civil dentro de um movimento internacional recente de recrudescimento por parte de alguns governos, o que trouxe mais ameaças à atuação de defensores do meio ambiente ao redor do mundo. Por outro lado, Morgan saudou a vitória de Joe Biden nos EUA como uma oportunidade de “recomeço ambiental” não apenas para aquele país, mas também para aqueles – como Bolsonaro – que se aproveitaram do negacionismo de Trump. O UOL noticiou as críticas de Morgan à perseguição de ONGs no Brasil e ao negacionismo climático e ambiental de Bolsonaro.
Em tempo: O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) rejeitou o pedido do Ministério Público Federal para afastar Ricardo Salles do comando do ministério do meio ambiente. O desembargador que relatou a ação, Ney Bello, não concordou com os motivos alegados pelo MPF – que a continuidade de Salles no governo poderia prejudicar ainda mais o meio ambiente no Brasil. A Folha deu mais detalhes.
ClimaInfo, 9 de dezembro 2020.
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