Bancos investiram mais de US$ 1,6 trilhão em projetos fósseis nos últimos cinco anos

Five Years Lost Report

Em termos de financiamento climático, os cinco anos desde a assinatura do Acordo de Paris foram “desperdiçados”, apontou um relatório elaborado por um grupo de organizações ambientalistas que analisou os fluxos financeiros que apoiaram projetos de exploração e consumo de combustíveis fósseis em todo o mundo desde 2015.

Segundo o levantamento, cerca de US$ 1,6 trilhão foi destinado por instituições financeiras para somente para 12 megaempreendimentos de óleo, gás e carvão. Sozinhos, esses projetos consumiriam 3/4 do estoque de carbono que pode ser queimado pela humanidade até o final deste século sem comprometer a possibilidade de se limitar o aquecimento em 1,5°C.

O relatório analisou casos em Argentina, Austrália, Bangladesh, China, EUA, Filipinas, Índia, Moçambique, Noruega, Reino Unido e Suriname. Somados, eles gerariam ao menos 175 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2e). Por trás deles, estão gigantes petroleiras como ExxonMobil, BP, Shell, Chevron, Equinor, Repsol e Eni.

Entre os maiores financiadores, estão as gestoras de investimentos BlackRock (US$ 110 bilhões) e Vanguard (US$ 104 bilhões), além de bancos como CitiGroup, Bank of America e JPMorgan Chase que, juntos, financiaram mais de US$ 295 bilhões para essas empresas.

Bloomberg deu mais detalhes sobre o levantamento, com tradução pela Exame.

 

ClimaInfo, 11 de dezembro de 2020.

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