IEA indica ligeiro aumento de demanda por eletricidade e recuperação limitada do mercado do petróleo em 2021

mercado do petróleo em 2021

O setor global de energia foi um dos mais prejudicados pela crise econômica causada pela pandemia. Com a queda brutal na demanda energética no 1º semestre, o cenário em 2020 foi marcado por perdas significativas. No entanto, mesmo com a chegada da vacina em alguns países e a perspectiva da superação da COVID-19 no médio prazo, a incerteza sobre a recuperação do setor segue grande.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), a demanda mundial por eletricidade deve crescer cerca de 3% em 2021, compensando ligeiramente a queda de 2% registrada neste ano. Ainda assim, essa projeção indica um cenário de recuperação mais lenta, já que ficará bem abaixo da média anual recente de 6,5%. Mesmo com esse pequeno aumento, grandes consumidores de eletricidade, como EUA, Europa, Índia, Japão e Coreia do Sul poderão experimentar quedas na demanda elétrica no próximo ano. Em termos de geração, as fontes renováveis (hidrelétrica, eólica e solar) fecharão 2020 com crescimento de quase 7%, puxando para baixo o consumo de combustíveis fósseis como carvão (-5%) e gás (-2%), além da geração nuclear (-5%). Para 2021, a IEA projeta mais um ano de crescimento para as renováveis, estimado em mais de 6%.

Por outro lado, a demanda por petróleo deve ser ainda mais lenta. Em seu boletim mensal, a IEA reduziu sua previsão de crescimento da demanda para 2021 em 170 mil barris por dia (bpd) para 5,7 milhões de bpd. Assim, a demanda diária prevista deve ser de 96,9 milhões de bpp, o que representaria cerca de 99% dos níveis anteriores à crise. A sobreoferta de óleo seguirá sendo um problema para os países exportadores, prejudicando os preços internacionais do combustível. Um dos obstáculos para a recuperação do mercado de petróleo é a indústria da aviação, bastante prejudicada pelas restrições impostas à circulação de passageiros durante a pandemia.

Bloomberg, Business Insider, Financial Times e Valor destacaram as previsões da IEA.

 

ClimaInfo, 16 de dezembro 2020.

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