Cenários climáticos com decrescimento econômico abrem novos caminhos de mitigação

13 de maio de 2021

A inclusão de cenários onde a economia mundial se contrai pela combinação dos impactos climáticos e os custos de mitigação, ao reduzirem as emissões mais rapidamente, sinalizam uma transição energética mais suave e a redução da importância da remoção permanente de CO2 da atmosfera. Os sofisticados modelos que acoplam a macroeconomia e a mudança do clima assumem, todos, que a economia mundial seguirá crescendo. Há modelos que, para limitar as emissões, desacoplam fortemente a produção à demanda de energia e às suas emissões. Esse desacoplamento forte requer novas tecnologias e que elas tenham uma velocidade alta de penetração. Outros modelos apostam em esquemas de remoção permanente de CO2, o que requer outro salto tecnológico e, novamente, uma velocidade alta de penetração.

Um trabalho que saiu na Nature esta semana mostra o lado bom da economia mundial encolher ou melhor, parar de crescer. Por exemplo, menos remoção significa reduzir os impactos de tecnologias ainda não viáveis economicamente ou que exijam quantidades alarmantes de terra. Os autores tiveram o cuidado de lembrar que esse decrescimento não precisa implicar em aumento das desigualdades. Pelo contrário, sugerem que o mundo rico tornar-se um pouco menos rico pode ajudar o mundo pobre a tornar-se bem menos pobre.

 

ClimaInfo, 14 de maio de 2021.

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