Argentina e Chile apostam no hidrogênio verde para substituir a gasolina

Argentina Chile hidrogênio

O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis na Patagônia, dos dois lados da Cordilheira, é uma das apostas de argentinos e chilenos para substituir a gasolina dos carros. Na Argentina, o presidente Alberto Fernández anunciou o plano “Hacia una Estrategia Nacional Hidrógeno 2030” aproveitando o potencial do sol do noroeste e os ventos da Patagônia para produzir hidrogênio. Fernández disse que “o desenvolvimento de uma política do hidrogênio é, portanto, uma questão com amplo potencial econômico e ambiental para nosso país”. O Estadão também deu a notícia.

Do outro lado da Cordilheira dos Andes, a Porsche está desenvolvendo um combustível líquido, parecido com a gasolina, só que produzido a partir da combinação de hidrogênio com dióxido de carbono. O processo químico, Fischer-Tropsch, é conhecido há quase 100 anos. A novidade é o aproveitamento dos ventos patagônicos para produzir o hidrogênio. A Exxon e a Siemens, segundo a CPG, também estão desenvolvendo este e-combustível para substituir a gasolina.

Em tempo 1: Vale ler a matéria de Andrea Marpillero-Colomina no The Conversation sobre como os veículos elétricos poderiam ser vetores de redução das desigualdades sociais. Ela argumenta que a poluição veicular atinge principalmente a população mais pobre. Uma expansão dos elétricos aliviaria o problema. Ela também diz que o custo dos combustíveis fósseis é uma barreira para esta camada, algo que a eletrificação também mitigaria. No entanto, a autora olha exclusivamente para o transporte individual, quando ações pela justiça socio-climática deveriam dar preferência para o transporte ativo e o coletivo.

Em tempo 2: A Exame traduziu um artigo publicado por Ivan Penn e Eric Lipton no New York Times sobre a corrida pelo lítio nos EUA e no mundo.

 

ClimaInfo, 24 de maio de 2021.

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