NASA lança nova missão para prever melhor impactos da mudança do clima

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A agência espacial dos EUA (NASA) quer melhorar as condições tecnológicas dos sistemas de monitoramento meteorológico por satélite para ter mais eficiência e rapidez na análise sobre os impactos da mudança do clima em todo o mundo. A ideia é criar um novo Observatório de Sistemas da Terra (ESO) que concentrará projetos de monitoramento via satélite e facilitará o acesso a esses dados ao público em geral, bem como a empresas privadas, cientistas e governos nacionais. Além disso, novos equipamentos devem ser lançados nos próximos anos, capazes de coletar dados e capturar imagens com maior resolução e cobertura de área.

O novo sistema permitirá também que os cientistas analisem processos até agora pouco estudados, como, por exemplo, o papel dos aerossóis (como fumaça de incêndio, areia de deserto, cinzas de vulcão ou poluição em geral) na contribuição para eventos climáticos extremos e mudanças do clima. Essa possibilidade permitirá aos cientistas estudar melhor como esses aglomerados de pequenas partículas sólidas no ar interagem na atmosfera e quais os efeitos dessa interação para o clima global. O Climate Home deu mais detalhes.

Em tempo: Falando em NASA, um estudo recente apontou para os efeitos do aquecimento global e do acúmulo crescente de restos de satélite e outros equipamentos espaciais na órbita da Terra sobre a atmosfera do planeta. Naturalmente, a atmosfera puxa esses detritos orbitais para baixo, incinerando-os à medida que eles se aproximam da superfície. Esse fenômeno permite, por exemplo, que esses restos cheguem bastante reduzidos à superfície, sem o risco de causar grande dano no solo. No entanto, segundo os autores, o aumento da concentração de CO2 está diminuindo a densidade da atmosfera superior, o que enfraquece a incineração desses materiais. Considerando que a geração de resíduos espaciais deverá aumentar até 50 vezes pelo final deste século, isso levanta uma preocupação séria para a segurança da exploração espacial e para as pessoas no chão. Gizmodo Brasil e NY Times abordaram essa análise.

 

ClimaInfo, de junho de 2021.

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