Hoje, um carro elétrico no Brasil custa três vezes mais do que um análogo convencional e a redução desta diferença deverá ser lenta até 2030. Assim, prevê-se que, em 2030, menos de 10% das vendas serão de modelos elétricos, puros e híbridos.
O relatório “Porque os elétricos não poderão vir rápido o suficiente”, da BCG, compara a necessidade climática de transformação da frota global dos fósseis para os elétricos e os planos de eletrificação das automotivas. Apesar do aumento nas vendas de elétricos, a frota fóssil global é imensa e o fato de ter crescido exponencialmente nos últimos tempos faz com que a taxa de renovação seja lenta.
A BCG identifica três fases para a transição. A primeira, ao longo dos próximos anos, será alimentada por políticas e subsídios governamentais. Na seguinte, um parque industrial mais maduro e com escala, reduzirá o preço das baterias e dos carros. Finalmente, com as indústrias deixando de produzir os convencionais, as vendas passam a ser exclusivamente de elétricos.
Essa é a tendência nos grandes mercados: Europa, China e EUA. Por aqui, a consultoria entende que as políticas de biocombustíveis retardam a entrada dos elétricos por manterem a atratividade dos motores à combustão. A Automotive Business comentou o trabalho. Dica: o relatório completo, em pdf, pode ser acessado clicando na opção de impressão da página da BCG.
A Exame fez uma matéria sobre o JAC E-JS1, que será o mais barato no Brasil quando chegar em setembro. Ele sairá por quase R$150.000. Sérgio Habib, presidente da JAC no Brasil, diz que o peso dos impostos é alto e os elétricos mais simples “pagam mais IPI que carros populares”.
Marcel Martin, do iCS, analisou os dados do SEEG-Municípios e escreveu, no Inside EVs, que o “setor de transportes é o maior responsável pelas emissões de gases efeito estufa nas cidades, lembrando que as mesmas fontes emissoras são as maiores responsáveis pela poluição do ar nas cidades.”
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ClimaInfo, 12 de julho de 2021.
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