Depois de enchentes, China se prepara para chegada de tufão

China tufão

Menos de uma semana após sofrer com fortes chuvas e inundações, a China foi atingida neste domingo pelo tufão In-fa, que trouxe ventos de quase 140 km/h para a região de Xangai. De acordo com autoridades chinesas, a tempestade não causou mortes, mas os danos materiais ainda estavam sendo calculados.

Para evitar maiores impactos, a operação do transporte público e do aeroporto de Xangai foi interrompida ainda no sábado, além da retirada de pessoas de áreas mais suscetíveis à destruição. BBC e Reuters deram mais informações.

Na província de Henan, a mais atingida pelas enchentes da semana passada, pelo menos 58 pessoas morreram, e cinco ainda estão desaparecidas. Como o NY Times destacou, o balanço de mortos poderia ter sido pior caso bombeiros e um ex-militar chinês não tivessem ajudado na retirada de motoristas e passageiros de mais de 200 carros que ficaram submersos em um túnel na capital, Zhengzhou.

Já o Wall Street Journal ouviu passageiros que ficaram presos em túneis e vagões do metrô da cidade, com água batendo na altura do peito. A CNN, por sua vez, ouviu especialistas para analisar de que maneira a mudança do clima está por trás das fortes chuvas em Henan.

Em outros lugares da Ásia, o excesso de chuvas e a força das tempestades também estão causando problemas. Na Índia, as chuvas de monção causaram a morte de pelo menos 149 pessoas no estado de Maharashtra. De acordo com o governo indiano, as chuvas são as mais fortes registradas nessa região em quatro décadas. Partes da costa oeste da Índia receberam até 594 mm de chuva ao longo dos últimos três dias. Em Mahabaleshwar, a precipitação chegou a 60 cm, a maior de todos os tempos no país. BBC e Reuters também repercutiram essa notícia.

No sudeste asiático, nas Filipinas,  ao menos 15 mil pessoas foram evacuadas de uma área sob risco de inundação em Manila. A capital do país foi atingida por fortes chuvas de monção neste final de semana, que causaram enchentes na cidade e em províncias vizinhas. A Reuters destacou a notícia.

Em tempo: Enquanto a água cai na Ásia, a América do Norte sofre com o calor. Desde o mês passado, boa parte da porção oeste do continente está sob um “domo de calor” que resultou em uma densa massa de ar quente estacionada desde a fronteira dos EUA com o México até o sudoeste do Canadá, que impede a formação de nuvens e intensifica o calor. Para piorar, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA alertou que um novo “domo de calor” está se formando na região central do país. Segundo o Guardian, estados como Minnesota, Iowa, Missouri e Arkansas devem ter temperaturas significativamente acima da média nas próximas semanas.

 

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ClimaInfo, 26 de julho de 2021.

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