Ao ligar todas as térmicas para reduzir a chance de apagões e apaguinhos, o país dobrou a importação de gás natural e, ao queimá-lo, agrava a crise climática. Algo que, provavelmente, não estará na bagagem da comitiva brasileira na COP-26.
Julia Fonteles, no Poder 360, junta nossa crise com a que atinge a Europa para dizer que elas mostram o grau de dependência dos fósseis das grandes economias. E mostra o tamanho do desafio da Convenção do Clima que se reúne no fim do mês em Glasgow. “É preciso que países resistam à tentação de investir em medidas paliativas e poluidoras a curto prazo e foquem na evolução das matrizes energéticas para um futuro mais limpo e seguro”.
Clauber Leite, do IDEC e André Lima, do IDS, no Congresso em Foco, olham o outro propulsor de emissões: os jabutis enfiados na medida provisória da crise hídrica. Eles depositam a esperança nas ações diretas de inconstitucionalidade (ADINS) impetradas contra a lei da desestatização da Eletrobras – ela também carrega o peso insustentável de jabutis que nada tinham a ver com o objeto da lei.
Valei uma dica: o Escolhas sistematizou em um estudo tudo que vem sendo pendurado, em nome do setor elétrico, em leis e medidas provisórias, gerando uma conta cada vez mais salgada a ser paga pelos consumidores.
ClimaInfo, 8 de outubro de 2021.
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