Destruição e mortes: o rastro do garimpo na Amazônia

14 de outubro de 2021

Os defensores do garimpo costumam argumentar que a exploração de ouro na Amazônia gera empregos e renda para comunidades pobres e marginalizadas. Essa lorota não resiste a uma análise simples da realidade em campo: no entorno dos garimpos, o que se vê é destruição, poluição, violência e mortes. Pouquíssimos se beneficiam entre a população local, que acaba arcando com o impacto ambiental, social e fundiário dessa atividade.

Luna Gámez descreveu no El País a situação de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. O município passa por uma explosão demográfica causada pela movimentação dos garimpeiros, o que tem causado conflitos com comunidades na Terra Indígena Munduruku. Os garimpeiros já atacaram entidades sociais ligadas à população indígena na cidade e chegaram a enfrentar soldados e policiais para evitar a fiscalização e a apreensão de equipamentos.

Os indígenas também sofrem com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Nesta semana, duas crianças foram “sugadas” por uma draga que fazia retirada de minérios perto do rio Uraricoera. Um dos meninos, de cinco anos, foi encontrado morto no rio. O primo dele, de oito, segue desaparecido. Em maio passado, criminosos atacaram aldeias indígenas na região, causando a morte de duas crianças. O Globo e G1 deram mais informações.

 

ClimaInfo, 15 de outubro de 2021.

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