Fundo Amazônia destrava financiamento para projetos e confirma interesse de novos doadores potenciais

Fundo Amazônia projetos
Fernando Frazão / Agência Brasil

A retomada do Fundo Amazônia pelo governo do presidente Lula ganhou concretude nesta semana, com a reativação de seu Comitê Orientador (COFA). Em seu primeiro encontro em quatro anos, o colegiado definiu as prioridades para financiamento para o próximo ano, focando especialmente na questão indígena e na liberação de recursos para projetos que ficaram travados na fila nos últimos anos.

“Existem cerca de 14 projetos devidamente qualificados para serem aprovados. Com a paralisação [do Fundo Amazônia], eles ficaram no limbo. A decisão é de que, se os tomadores tiverem interesse em continuar com esses projetos, eles voltarão a tramitar”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, citada pelo Estadão.

Além dos projetos já qualificados, o governo também identificou outros 56 que estão na fila de análise, somando ao todo cerca de 2,2 bilhões de reais em financiamento requisitado. De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o Fundo possui até agora R$ 3,3 bilhões em doações internacionais e R$ 5,4 bilhões em recursos disponíveis. Esse valor pode aumentar nos próximos meses, caso outros financiadores potenciais, como EUA, França, Reino Unido e União Europeia, viabilizem novos aportes. Agência Brasil, Poder360 e Valor repercutiram esses dados.

Além do Fundo Amazônia, o governo federal também sinalizou a possibilidade de dar novo fôlego a outro instrumento financeiro relevante – o Plano Safra – para impulsionar a transição para a agricultura de baixo carbono no Brasil.“São mais de 400 bilhões de reais que podem ser usados como a base de transição para a agricultura de baixo carbono, que é aumento de produção por ganho de produtividade”, explicou Marina Silva. Folha, Globo Rural e O Globo deram mais informações.

ClimaInfo, 17 de fevereiro de 2023.

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