Norte e Nordeste concentram maior parte das áreas com aumento significativo da temperatura máxima nas últimas décadas, com altas acima de 3ºC em algumas localidades.
A Folha trouxe dados de um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre as tendências de temperatura máxima no Brasil. O cenário indicado é preocupante: em algumas áreas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, a alta na temperatura máxima média é superior a 3ºC na comparação com a década de 1960.
O aumento da temperatura máxima é generalizado em todas as regiões brasileiras, mas a situação é particularmente mais grave no Norte, especialmente nos estados do Amazonas e Roraima, e no semiárido nordestino, principalmente no interior da Bahia. Outra área com aumento significativo da temperatura máxima é o Pantanal, bioma que vem sofrendo rotineiramente com secas e incêndios devastadores nos últimos anos.
As máximas atuais podem ser ainda maiores se o planeta seguir em uma trajetória de aquecimento médio superior a 2ºC neste século em relação aos níveis pré-industriais. A Folha também abordou uma análise da agência espacial norte-americana NASA com projeções de aquecimento para as próximas décadas.
Em um cenário de aquecimento global superior a 2ºC, as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil figurarão entre as mais afetadas em todo o mundo. O calor pode resultar em uma diminuição das chuvas, reduzindo a umidade relativa do ar e facilitando as condições para a ocorrência e disseminação de incêndios e queimadas.
Em tempo: Por falar em calor, a semana deve ser marcada por recordes de temperatura alta para o mês de agosto em diversas áreas do Brasil. A despeito do inverno, os termômetros podem se aproximar dos 40ºC em pontos do Sudeste e Centro-Oeste, informou a MetSul. Climatempo, Estadão e O Globo também repercutiram o calor potencial da semana no centro-sul brasileiro.
ClimaInfo, 22 de agosto de 2023.
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