Novo PAC exigirá mais fiscais e servidores para IBAMA e ICMBio, diz Marina Silva

31 de janeiro de 2024
Marina Silva novo PAC
Divulgação/Ciaran McCrickard/World Economic Forum

Em meio a negociação salarial com servidores ambientais, a ministra do Meio Ambiente destacou a necessidade de novos concursos públicos para reconstituir o quadro funcional.

A implementação da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) exigirá mais fôlego do IBAMA e do ICMBio na análise ambiental das diversas obras de infraestrutura, o que demanda a reconstituição do quadro funcional desses órgãos. A avaliação é da ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), feita durante um evento realizado nesta 2ª feira (29/1) em São Paulo.

“São bilhões [de reais em obras], e uma redução muito grande na quantidade de pessoas que lidam com o licenciamento, que ficam trabalhando quase que ininterruptamente. Quando eu saí do ministério, há 15 anos, deixei 1.700 fiscais do IBAMA. Hoje, voltei com apenas 700, e a maioria em processo de aposentadoria ou não tendo mais condição de ir a campo”, afirmou Marina, citada pela Folha.

A ministra do Meio Ambiente tem se equilibrado entre as restrições orçamentárias que ainda prejudicam o ministério e a demanda dos servidores atuais por melhores condições salariais. Desde o começo do mês, funcionários do IBAMA realizam uma paralisação parcial na tentativa de forçar um acordo com o governo. A próxima rodada de negociação acontece nesta 5ª feira (1º/2).

Além da ampliação do quadro funcional dos órgãos ambientais, Marina Silva também apontou os reflexos positivos da conduta proativa do governo federal nas discussões internacionais sobre meio ambiente e clima. “O Brasil volta à cena internacional, recupera a credibilidade e isso traz maior segurança para investidores, que querem ter não só segurança jurídica, mas querem ter segurança reputacional. As pessoas não querem ver seu nome relacionado a coisas ilícitas”, disse. CNN Brasil e Valor deram mais informações.

Em tempo: Por falar em coisa ilícita, o Estadão revelou que a suspeita de monitoramento ilegal por parte do governo Bolsonaro a um servidor do IBAMA levou a Polícia Federal à investigar a montagem de uma “ABIN paralela”. O escândalo mais recente da antiga gestão estourou nesta semana, quando um dos filhos do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, foi alvo de uma operação da PF. De acordo com os investigadores, o grupo de inteligência clandestina integrado pelo “Carluxo” dentro da ABIN espionou Hugo Loss, chefe da fiscalização ambiental do IBAMA que chegou a ser exonerado em 2020 depois de encabeçar uma operação antidesmatamento no Pará.

 

ClimaInfo, 31 de janeiro de 2024.

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