
Na COP28, realizada em Dubai em dezembro do ano passado, os países concordaram em triplicar a potência instalada de fontes renováveis de energia até 2030. Mas o ritmo para cumprir esse compromisso está aquém do necessário. Assim, com as políticas e tendências atuais, a capacidade de geração de energia renovável global aumentaria apenas o dobro nos países desenvolvidos e um pouco mais que o dobro globalmente até o final da década.
É o que mostra o relatório “COP28 Tripling Renewable Capacity Pledge: Tracking countries’ ambitions and identifying policies to bridge the gap”, lançado pela Agência Internacional de Energia (IEA). Segundo o documento, apesar de o mundo estar fora do caminho para triplicar a geração renovável até 2030, há sinais promissores de que o ritmo do progresso pode estar acelerando, destaca o Guardian.
A meta envolveria aumentar a capacidade renovável para pelo menos 11.000 gigawatts (GW) até o final da década, em comparação com 4.209 GW em 2023. No entanto, pouquíssimos países – apenas 14 de um total de 194 – incluíram metas específicas para renováveis até 2030 em seus compromissos firmados sob o Acordo de Paris, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), lembra a Reuters, em matéria traduzida pela Folha. Os compromissos oficiais nas NDCs atuais somam 1.300 GW – apenas 12% do necessário para alcançar o objetivo estabelecido em Dubai, segundo a agência.
É verdade que os objetivos domésticos em quase 150 países vão além dos compromissos das NDCs, correspondendo a quase 8.000 GW de capacidade instalada renovável até 2030. Mas isso significa que, se as nações incluíssem todas as suas políticas, planos e estimativas existentes em suas novas NDCs, que devem ser apresentadas na COP30, no Brasil, elas refletiriam 70% do necessário até 2030 para alcançar a meta de triplicação.
“A meta de triplicar [a capacidade de energia renovável] é ambiciosa, mas alcançável. Mas apenas se os governos rapidamente transformarem promessas em planos de ação. Os países em todo o mundo têm uma grande oportunidade de acelerar o progresso rumo a um sistema energético mais seguro, acessível e sustentável”, disse o diretor executivo da IEA, Fatih Birol.
France24, Bloomberg, Al Jazeera, Axios, Financial Times e Business Green repercutiram o novo relatório da IEA.
ClimaInfo, 5 de junho de 2024.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.



