Tempestades matam e desalojam em Minas Gerais e no Nordeste

INMET emitiu alerta laranja para 16 estados e o Distrito Federal; aviso destacava possibilidade de ocorrer chuvas intensas com grau de perigo e ventos fortes.
16 de janeiro de 2025
(Reprodução/ Instagram/ CBMMG)

O início de 2025 está sendo marcado por chuvas torrenciais em várias partes do país. Os temporais, que castigam estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, já provocaram dezenas de mortes e desabrigaram milhares de pessoas. E segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as tempestades devem perdurar até 6ª feira (17/1) em 16 estados e no Distrito Federal.

A situação mais trágica foi registrada em Minas Gerais. Ontem, chegou a 26 o número de mortos pelas chuvas no estado desde novembro, sendo 11 apenas no último fim de semana, em Ipatinga e Santana do Paraíso, informam O Tempo, Hoje em Dia, CNN, g1 e Band. Até o momento, 63 cidades estão em situação de emergência ou calamidade pública. Conforme um balanço da Defesa Civil estadual, são 3.270 desalojados e 354 desabrigados.

As chuvas também atingem vários estados do Nordeste, com mortes e estragos. Em Sergipe, no município de Capela, a 70 km da capital, Aracaju, três pessoas morreram após uma ponte desabar em decorrência dos temporais, relata a Band. Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (SEMAC) informados pelo g1, 73 das 75 cidades sergipanas já haviam superado a média de chuvas para o mês de janeiro até ontem.

No Piauí, as chuvas causaram a morte de dois homens em Picos, a 311 km da capital, Teresina, informa o g1. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do estado, em três horas choveu 135 mm na cidade, com diversos transtornos. Pelo menos 500 famílias foram atingidas, e 50 pessoas ficaram desabrigadas.

Temporais também atingiram pelo menos 66 municípios da Bahia desde o fim de semana, segundo a Defesa Civil estadual, dos quais cinco decretaram estado de emergência, relata o g1. Em todo o estado havia 271 pessoas desabrigadas, 957 desalojadas, 2 feridas e 2.211 afetadas.

No Ceará, a capital, Fortaleza, registrou acumulado de 132 mm de chuvas entre 3ª e 4ª feiras, conforme dados da Fundação Cearense de Metereologia (FUNCEME). O município cearense com mais chuvas foi Pacujá, a 200 km da capital, com 230 mm, segundo O Povo. Além de Fortaleza, outros 158 municípios cearenses [o estado tem 184] registraram precipitação até a última atualização da FUNCEME, na manhã de ontem.

No Maranhão, além da região metropolitana de São Luís, diversas cidades enfrentaram problemas devido às fortes chuvas, destaca o g1. O Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) informou que, em nove horas, choveu cerca de 25% do que era previsto para todo o mês de janeiro na Grande São Luís, detalha o g1.

Houve estragos também no Centro-Oeste. Em Goiás, a capital, Goiânia, foi castigada por temporais por três dias consecutivos, causando transtornos em vários pontos da cidade, relata o Metrópoles. No Mato Grosso, as chuvas deixaram debaixo d’água a cidade de Rio Branco, a 350 km de Cuiabá, segundo a Band. E no Distrito Federal, a média de chuva de janeiro é de 206 mm, mas, nos primeiros 15 dias do mês, a região de Planaltina e Sobradinho registrou 337,4 mm, detalha o Metrópoles.

Continue lendo

Assine Nossa Newsletter

Fique por dentro dos muitos assuntos relacionados às mudanças climáticas

Em foco

Aprenda mais sobre

Entenda as mudanças climáticas

Você irá compreender os seguintes tópicos: o que é emergência climática sob o ponto de vista científico; quais são as principais implicações das mudanças climáticas no nosso dia a dia; como se constitui a geopolítica do clima; e quais são as possíveis soluções para as
5 Aulas — 4h Total
Iniciar