O primeiro-ministro da Índia, Modi, seu partido (BJP) e sua coalizão (Aliança Democrática Nacional) obtiveram uma vitória retumbante nas recentes eleições, garantindo 352 (65%) das 542 cadeiras do parlamento, muito além das 272 necessárias para a formação do novo governo. O principal partido de oposição, o Congresso Nacional Indiano (INC), ficou num distante segundo lugar, com apenas 52 assentos.
O que se pode esperar agora na perspectiva da ambição climática?
Modi é um líder populista com imenso apelo popular. Ele ficará do lado das ideias progressistas e liberais sempre que isso lhe render reconhecimento internacional.
No início de seu primeiro mandato, em 2014, Modi deu um forte e claro impulso à ambição climática da Índia, ampliando a meta de instalação de 20 GW renováveis para 175 GW até 2022. É bem provável que a Índia atinja, já no próximo ano, a promessa de ter sua matriz energética com 40% de energia não fóssil, promessa feita ao Acordo de Paris e que deveria ser atingida até 2030. Assim, esta meta seria alcançada dez anos antes do prazo.
No entanto, será bem difícil atingir a meta nacional de ter uma capacidade instalada de 175 GW renováveis até 2022, uma vez que a Índia tem apenas dois anos para instalar os 100 GW renováveis que ainda faltam.
Quanto à meta definida para os veículos elétricos, hoje está claro que as pessoas só passarão a usá-los se o seu uso for mais barato que o uso dos veículos equipados com motores de combustão interna, e se a carga das baterias for menos complicada.
ClimaInfo, 29 de maio de 2019.
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