
A fumaça de centenas de incêndios florestais no oeste do Canadá se espalhou para o leste do país. A movimentação elevou a poluição do ar a níveis perigosos em grandes cidades canadenses como Toronto e Montreal, bem como em partes do alto Centro-Oeste dos Estados Unidos.
Alertas de qualidade do ar também foram emitidos para Quebec e Saskatoon, a maior cidade da província ocidental de Saskatchewan, informa o New York Times. A fumaça também se espalhou para a região dos Grandes Lagos estadunidenses, piorando a qualidade do ar em partes de Minnesota, Wisconsin, Illinois e Michigan, Nova York, Pensilvânia e Maine.
Enquanto isso, um grupo de parlamentares republicanos reclamou que a fumaça do Canadá está arruinando o verão dos pobres estadunidenses. Isso poucos dias após votarem no “grande e bonito” projeto de lei de gastos do presidente Donald Trump que, entre outros pontos, reduz o apoio à energia renovável e incentiva os combustíveis fósseis, destaca o Guardian. Mais lenha na fogueira climática e nos incêndios florestais impossível.
As discussões entre EUA e o Canadá estão atiçando as chamas da controvérsia em torno da fumaça dos incêndios florestais e a melhor forma de combatê-la. Mas o debate ignora o número crescente de pesquisas mostrando os impactos em cascata dessa fumaça na saúde, desde declínio cognitivo até problemas cardíacos, destaca o Inside Climate News.
BBC e CBC também repercutiram os incêndios florestais no Canadá.Em tempo: Ondas de calor e clima seco constante fizeram com que o Corpo de Bombeiros de Londres combatesse mais incêndios florestais neste verão no Hemisfério Norte – que ainda não completou um mês – do que em todo o ano de 2024, informa o Independent. Já na Espanha, a Bloomberg destaca que o calor extremo foi 10 vezes mais mortal nos últimos dois meses do que em igual período do ano passado, com cerca de 1.180 pessoas morrendo devido a ondas de calor de meados de maio a meados de julho, em comparação com 114 pessoas em 2024, de acordo com o Ministério da Saúde da Espanha.



