Operação destrói garimpo ilegal na Floresta Nacional de Carajás, no Pará

Área atingida é de aproximadamente 8 km; contaminação de mercúrio afeta rios da região e ameaça Povos Indígenas.
21 de julho de 2025
operação garimpo ilegal carajás
Divulgação gov.com.br

A Polícia Federal, o ICMBio, o IBAMA e a Força Nacional deflagraram uma operação conjunta no último dia 16/7 para coibir avanço do garimpo ilegal na região de Igarapé Gelado, em Parauapebas (PA), às margens da Floresta Nacional de Carajás. O impacto da atividade ilegal se extende por cerca de 8 km, causando sérios danos ambientais, como a contaminação de rios com mércurio.

Apesar de ser uma região de difícil acesso, a operação encontrou maquinários de grande porte, veículos, motores estacionários, cavas de extração de ouro e acampamentos de apoio aos trabalhadores. Foram inutilizadas seis escavadeiras hidráulicas, quatro mil litros de combustível e dez motores-bombas, conforme previsto em lei, diante da impossibilidade de remoção dos equipamentos.

Segundo o g1, os resíduos da mineração clandestina estão atingindo diretamente os cursos d’água da região, como o rio Azul – um dos principais afluentes do Rio Itacaiúnas, que deságua no Tocantins. O mercúrio, metal altamente tóxico, é utilizado no processo de separação do ouro.

De acordo com o ICMBio, a área é considerada uma das mais ricas em biodiversidade da Amazônia. “A presença de mercúrio pode impactar não apenas a fauna aquática, mas também as comunidades ribeirinhas que dependem desses rios para consumo e alimentação”, afirmou um técnico ambiental que participou da ação.

Em nota, o governo federal informou que inquéritos policiais estão em andamento para identificação dos responsáveis pelo garimpo ilegal, assim como a apuração dos danos socioambientais causados pela atividade nos solos e afluentes que abastecem a região.

A notícia também foi repercutida por Pará Terra Boa e O Liberal.

  • Em tempo: Um vídeo divulgado pelo IBAMA chamou a atenção por mostrar a destruição causada pelo garimpo no Território Indígena (TI) Kayapó, também no Pará. As imagens foram produzidas durante ações de desintrusão para remover invasores do território. A Folha apurou que, conforme dados do Greenpeace, até 2024, o garimpo ocupava 16,1 mil hectares do território — equivalente à área de Natal (RN) ou de dez parques Ibirapuera, em São Paulo.

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