
As expectativas são mínimas para a cúpula entre China e União Europeia que acontece nesta 5ª feira (25/7), em Pequim. A intensa pressão comercial do país oriental e dos Estados Unidos sobre o bloco testará a determinação e a unidade europeias, disseram analistas à Reuters. No entanto, o encontro promete ao menos uma boa notícia: um acordo para o clima.
Segundo a Bloomberg, UE e China preparam uma declaração conjunta histórica sobre cooperação climática. O documento provavelmente comprometerá ambos a novos cortes de emissões e a entregar seus planos climáticos à ONU antes da COP30, em novembro. O prazo para a entrega das NDCs venceu em fevereiro, mas foi estendido até setembro.
Se de fato houver o acordo, será um anúncio significativo. Com a decisão do “agente laranja” Donald Trump, presidente dos EUA, de retirar o maior emissor histórico do mundo do Acordo de Paris, a declaração soará como um passo de China e UE em direção à liderança da agenda climática global – apesar da grande distância que há entre prometer e cumprir.
Acordos semelhantes entre os EUA e a China foram cruciais no passado. Um deles é o Acordo de Sunnylands , que ajudou a pavimentar o caminho para um histórico compromisso de transição para o abandono dos combustíveis fósseis na COP28, em Dubai (Emirados Árabes). Ainda que, mais uma vez, a intenção continue só no papel.
De resto, não se espera outros acordos de impacto, já que ações dos dois lados azedaram as relações. A restrição chinesa às exportações de terras raras, cruciais para a fabricação de tecnologias avançadas, causou alarme generalizado na indústria europeia, relatou a Euronews. Dias antes do encontro, sanções da UE a dois bancos chineses por facilitar o comércio com a Rússia foram criticadas por Pequim, destacou o Financial Times.
CNBC, CNN, SCMP e DW também repercutiram a cúpula entre China e UE.



