
A montadora de veículos elétricos Tesla continua em queda livre desde que seu CEO, o bilionário de extrema-direita Elon Musk, associou-se a Donald Trump e seus devaneios negacionistas na presidência dos EUA. O 2º trimestre deste ano foi um dos piores para a empresa em anos. Um preço da crescente concorrência no mercado de VEs e da reação negativa a Musk, destaca o Valor.
A Tesla registrou sua maior queda de receitas em mais de uma década: redução de 12% sobre igual trimestre de 2024, totalizando US$22,5 bilhões. A margem bruta da empresa caiu para 17%, nível mais baixo desde 2019. Efeito agravado pela queda de 51% nas receitas com créditos regulatórios.
A combinação de volume reduzido de vendas, preços mais baixos, créditos regulatórios, a participação de Musk no governo Trump e tarifas elevadas resultaram em uma “tempestade perfeita” para a montadora, avalia a Exame. Musk admite que o pior ainda está por vir, relata a Bloomberg Línea. Afinal, o “agente laranja”, seu ex-parceiro, cortou incentivos para VEs nos EUA.
As vendas da montadora de Musk caíram também do outro lado do Atlântico, informa o Guardian. De acordo com os números publicados na 5ª feira (24/7) pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), as vendas de veículos Tesla caíram 33% no continente, para 110.000 no 1º semestre de 2025, em comparação com 165.000 em igual período de 2024.
As ações da Tesla despencaram após a empresa alertar sobre a trajetória “difícil” devido às políticas de Trump, mesmo com o presidente dos EUA dizendo que queria que o “parça” Musk “PROSPERASSE” [caixa alta do próprio “agente laranja”], relata o Financial Times. Os papéis caíram 8% na 5ª feira (24/7), ampliando a perda para 37% sobre o pico de meados de dezembro. O que já eliminou mais de meio trilhão de dólares de seu valor de mercado.
O Globo, InvestNews, Metrópoles, E-investidor, CNN, ABC, AP, New York Times e Reuters também repercutiram o balanço e o futuro da Tesla.
-
Em tempo 1: O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) anunciou a entrega de mais 120 ônibus elétricos. Com o novo lote, a cidade agora soma 841 veículos sustentáveis em circulação – apenas 6,3% da frota total, destacam g1 e Inside EVs.
Nunes encerrou seu 1º mandato sem cumprir a meta de substituir 20% da frota de ônibus para elétricos e repetiu a promessa em dezembro de 2024, após ser reeleito. Questionado sobre o fato da frota elétrica ainda estar longe da meta prometida, Nunes culpou a Enel, a distribuidora de eletricidade na cidade, alegando que a empresa não tem garantido o fornecimento necessário para o funcionamento dos veículos. É “jogo de empurra” que chama?
Em tempo 2: A oferta de pontos de carregamento de veículos elétricos gerou uma nova disputa entre estados e municípios. Os governos dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais entendem como válida a cobrança de ICMS sobre o serviço. A interpretação está em recentes soluções de consulta. O município de São Paulo, por sua vez, defende a incidência do ISS, relata o Valor. Para tributaristas, o entendimento dos estados vai contra resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que classifica a recarga como prestação de serviço e não venda de mercadoria. Ou seja, deveria incidir apenas o ISS.



