
Autoridades paquistanesas continuam o trabalho de busca e resgate depois de uma enxurrada atingir o noroeste do país na 6ª feira (15/8). Mais de 300 pessoas morreram e 200 estão desaparecidas, a maioria na província de Khyber Pakhtunkhwa. As chuvas fortes devem seguir ao longo da semana.
O distrito de Buner foi o mais atingido. Lá, 12 vilarejos foram completamente destruídos e 219 corpos foram encontrados. A três horas da capital Islamabad, a região recebeu em uma hora mais de 150 milímetros de chuva, contam Deutsche Welle e Le Monde.
Voluntários trabalham com maquinário pesado para retirar pedras que soterram casas, carros e corpos em Buner. Nos principais mercados e ruas, lojas foram soterradas por até 1,5m de lama. A BBC destacou a intensidade da enchente: a água chegou a atingir até o terceiro andar de prédios e algumas lojas chegaram a desabar.
À Reuters, um sobrevivente relatou o medo da volta à casa depois de novos alertas de chuvas fortes.
Autoridades locais têm se concentrado em limpar estradas e pontes para levar ajuda às pessoas afetadas. Kits com alimentos, medicamentos, cobertores estão sendo distribuídos em acampamentos.
No domingo, a Agência Nacional de Desastres (NDMA) alertou para chuvas fortes e mais estragos entre 21 de agosto e 10 de setembro. Chuvas acima do normal também são previstas para o sul do Paquistão.
Deslizamentos e inundações repentinas são eventos comuns na estação das monções, porém, a NDMA alerta para o aumento de 50% a 60% da intensidade das monções no Paquistão este ano. O país é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, lembram Bloomberg e Aljazeera.
The Straits Times, Vatican News, The Economic Times, ABC News, The Indian Express, Independent e Wion também falaram sobre o assunto.
Em tempo: A região da Caxemira, na Índia, também sofre situação similar à do Paquistão. Enchentes repentinas deixaram pelo menos 60 mortos, 100 feridos e 200 desaparecidos. Pessoas caíram no rio Chenab, outras ficaram soterradas pelos escombros, detalha a Reuters. Mumbai também sofreu com as fortes chuvas. Capital financeira da Índia, a cidade precisou interromper voos e fechar escolas, enquanto estradas foram inundadas. Algumas regiões registraram mais de 140 mm na manhã da 2ª feira (18/08), também informou a Reuters. As chuvas intensas devem continuar nesta 3ª feira e moradores estão sendo alertados para ficarem em casa.



