
O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP) propuseram na 4ª feira (20/8) a criação de um mosaico de Áreas Protegidas na foz do rio Amazonas, para tentar remediar os riscos da exploração de combustíveis fósseis na região. O mosaico seria composto por Unidades de Proteção Integral e de uso sustentável, mas não impediriam atividades petrolíferas, informam ((o))eco e O Globo.
A proposta feita no documento “Cenários Estratégicos para a Ampliação do Conhecimento Científico e Proteção da Biodiversidade da Foz do Rio Amazonas” lista 20 ações necessárias para proteger a região sob o iminente avanço da exploração de petróleo e gás fóssil. Além do mosaico de Unidades de Conservação, a proposta propõe a criação do Instituto Nacional da Foz do Rio Amazonas (INFA), para produção científica nos moldes do INPE.
A proposta é fruto de uma mobilização inédita de pesquisadores, lideranças tradicionais, gestores públicos e representantes da sociedade civil, incluindo pescadores dos estados do Amapá, Maranhão, Pará e São Paulo. Todos reunidos no “Grupo de Trabalho da Foz do Amazonas”.
Ao longo de um ano, o GT se reuniu para formular propostas que pudessem unir conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e inclusão social em resposta à necessidade de intensificar os cuidados com a Foz do Amazonas diante da possibilidade de exploração de petróleo no local.
“A região já precisa de maior proteção, mas com petróleo vai precisar de mais. Então é fundamental termos uma estratégia de criar Áreas Protegidas, de uso sustentável e ou de proteção integral, para que você tenha uma qualificação da proteção da região”, explicou Alexander Turra, professor titular do Instituto Oceanográfico da USP e um dos organizadores do GT da Foz do Amazonas.



