Petrobras anuncia perfuração de mais um poço na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial

Em outra frente, a petroleira continua simulado de vazamento na bacia da Foz do Amazonas em busca do licenciamento de perfuração no bloco 59.
25 de agosto de 2025
apo foz do amazonas
Cezar Fernandes/Agência Petrobras

A Petrobras anunciou a perfuração de mais um poço de exploração de petróleo na Bacia Potiguar, no extremo leste da Margem Equatorial.

O poço, chamado “Mãe Ouro”, será perfurado a cerca de 50 km da costa, em profundidade de mais de 2.000 m. Será o terceiro poço aberto pela Petrobras na área. O anúncio foi feito após uma reunião entre a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, a presidente da petrolífera, Magda Chambriard, e diretores da empresa, informam g1, R7 e Portal N10.

Na mesma área já foram perfurados os poços Pitu Oeste e Anhangá, localizados nos blocos BM-POT-17 e POT-M-762, que estão em análise de viabilidade técnico-comercial. Ambos fazem parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Já no Amapá, continua a Avaliação Pré-Operacional (APO), parte do licenciamento do poço que a Petrobras quer perfurar no bloco 59, na Foz do rio Amazonas, a cerca de 175 km de Oiapoque, no extremo norte do estado. Segundo a petrolífera, o simulado de vazamento e atendimento à fauna atingida, feito sob supervisão do IBAMA, mobilizará cerca de 400 pessoas e deve durar até o fim da semana, informam UOL, Economia em Pauta, eixos, InfoMoney e Valor.

A realização da APO – talvez a última etapa antes de nova deliberação do órgão ambiental sobre a licença pleiteada pela empresa – é contestada pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). A entidade classificou o teste como “inadmissível”, já que não houve qualquer consulta aos Povos Originários e Tradicionais do entorno do projeto. Para eles, a ausência de um processo democrático e participativo “evidencia o racismo ambiental e a continuidade de práticas coloniais que historicamente silenciam Povos e Comunidades Tradicionais”.

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