
Sob pressão de vários países em desenvolvimento e da ONU em relação aos altos preços de hospedagem para a COP30 em Belém, o governo do Pará afirmou nesta semana que a média das tarifas vem caindo significativamente nos últimos meses. Um levantamento divulgado pela gestão de Helder Barbalho (MDB) indicou uma queda de 22% no valor médio das diárias na comparação entre os preços cobrados em fevereiro e agosto.
Como O Globo ressaltou, apesar do recuo, ainda é possível encontrar quartos com valores superiores a US$ 500 por dia, bem acima do teto defendido pela ONU. Para ajudar na redução dos preços, a Secretaria de Turismo do Pará informou que tem feito parcerias com as plataformas de hospedagem e realizou eventos presenciais e online para orientar os proprietários de imóveis sobre a precificação adequada, a qualidade do atendimento e o alinhamento às diretrizes da COP30. O Pará Terra Boa deu mais detalhes.
Já a Secretaria Extraordinária da COP30 (SeCOP), vinculada à Casa Civil da Presidência da República, avalia o lançamento da plataforma oficial do governo como crucial para a redução dos preços de hospedagem. Para um imóvel ser exibido nela, é necessário ter quartos com valor de diária até US$ 600 (!). “Com isso, muitos proprietários e imobiliárias têm ajustado seus preços para que seus imóveis possam aparecer na plataforma”, disse a SeCOP, em nota.
Outro fator foi o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o governo e o setor imobiliário, com o objetivo de que os preços praticados durante a conferência sigam o mesmo patamar do Círio de Nazaré.
Plataformas como Airbnb e Booking chegaram a ser notificadas pelo governo paraense para excluir anúncios com preços abusivos. No entanto, como a CBN assinalou, as plataformas afirmaram não ter ingerência sobre a definição dos preços pelos anfitriões e que priorizam ações de conscientização. Segundo o Airbnb, a região metropolitana de Belém conta atualmente com 27.848 leitos e 19.274 quartos disponíveis para receber visitantes durante a conferência.
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Em tempo 1: Duas empresas responsáveis por obras estaduais de asfaltamento ligadas à COP30 estão sendo investigadas por corrupção e superfaturamento, de acordo com a Folha. O contrato de R$ 231 milhões foi vencido pelo Consórcio RMB, composto por cinco empresas. Uma delas é a ARF Construção e Engenharia, que, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), foi a principal beneficiada de um esquema de direcionamento de licitações e superfaturamento em obras de pavimentação na cidade de São Miguel do Guamá (PA).
Em tempo 2: Um repórter fotográfico brasileiro foi detido por guardas portuários na 4ª feira (27/8) enquanto prestava serviços para uma agência de notícias chinesa no porto de Outeiro, em Belém. O fotógrafo Lúcio Távora foi levado para a sede da Polícia Federal. Ele foi liberado após dizer não saber da proibição de entrada no porto onde navios-cruzeiro ficarão atracados durante a COP30. g1 e Revista Cenarium deram mais informações.



