
O BNDES lançou ontem (1/9) a “Chamada de Clima”. O edital público, de até R$ 5 bilhões, selecionará fundos de investimento estruturados para projetos de descarbonização de processos industriais, transição energética, infraestrutura para adaptação climática, tecnologia para agricultura verde, restauração ecológica, reflorestamento e conservação de florestas. Como o Banco estima que esse aporte atraia R$ 13 bilhões de capital privado, os investimentos podem chegar a R$ 18 bilhões.
A “Chamada de Clima” prevê apoio a dois tipos de fundos: de participações em empresas e de crédito. Serão selecionados até cinco de fundos de equity, totalizando R$ 4 bilhões, sendo até três na modalidade “Apoio de Transformação Ecológica” (transição energética, ecológica, tecnologia para agricultura verde e descarbonização) e até dois para “Apoio de Soluções Baseadas na Natureza” (reflorestamento, agroflorestas, manejo florestal sustentável, silvicultura regenerativa, preservação e recuperação de ecossistemas e biodiversidade). Já nos fundos de crédito serão selecionados até dois fundos nas duas modalidades, somando aporte do BNDES de até R$ 1 bilhão.
A participação da BNDESPAR será limitada a 25% do capital nos fundos de equity e a 50% nos de crédito. Os aportes de terceiros variarão de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão por fundo, dependendo da categoria.
O edital integra a estratégia de retomada de investimentos da BNDESPAR, subsidiária integral do BNDES, em renda variável. O cadastramento de propostas está aberto até o dia 20 de outubro e pode incluir investidores estrangeiros. O resultado será divulgado em janeiro de 2026.
Em tempo: Os fundos de investimento sustentável (IS) alcançaram um patrimônio líquido (PL) de R$ 36,8 bilhões em julho, alta de 48,4% ante dezembro de 2024 e de 89% sobre igual mês do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). Apesar do ganho, os fundos IS representam somente 0,37% do PL total da indústria, informam InfoMoney, eixos e UOL.



