O verão de 2025 bateu recordes no Norte Global. Dados divulgados nesta semana por agências do Reino Unido, Japão e Coreia do Sul indicam que esses países experimentaram o verão mais quente de suas histórias antes mesmo do fim da temporada atual, no final de setembro. Especialistas têm apontado que extremos climáticos estão cada vez mais comuns, colocando milhares de pessoas em risco.
Como informamos ontem, os cinco verões mais quentes já registrados aconteceram desde 2000, mostrando, segundo cientistas, o resultado do aumento das emissões de gases do efeito estufa.
Mas, apesar dos especialistas fazerem clara ligação entre combustíveis fósseis e aumento das temperaturas, na 2ª feira (1/9) o líder do Partido Conservador em busca de reeleição, Kemi Badenoch, disse que seu partido extrairá até a última gota de petróleo e gás do Mar do Norte, informa a Al-Jazeera.
Em setembro, o Reino Unido deve continuar sentido as altas temperaturas – não tão fortes quanto em agosto, mas ainda acima do normal, informa o Independent. O Met Office espera “condições climáticas variáveis e instáveis” na 1ª quinzena.
Cenário parecido acontece no Japão: segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA), o calor extremo deve continuar, com temperaturas acima de 35oC previstas para leste e oeste do país. O calor enfrentado pelo Japão é o mais forte desde o início dos registros em 1898, com 149 localidades marcando temperaturas 3,4oC superiores à média do período. O calor provocou a hospitalização de 84 mil pessoas de 1º de maio a 24 de agosto, superando o mesmo período de 2024, no qual foram hospitalizadas 83 mil pessoas. Folha e Japan News deram mais detalhes.
Concomitantemente, a vizinha Coreia do Sul teve temperatura média de 25,7oC. Foi o maior valor já registrado desde o início das medições, em 1973. Algumas regiões do país enfrentam seca prolongada, como o caso da cidade de Gangneung, onde as autoridades decretaram restrições no uso de água.
Business Green, BBC, Sky News e Reuters também noticiaram os recordes de calor.
