
O desmatamento em Áreas Protegidas da Amazônia chegou ao menor registro em oito anos, aponta nova análise do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon. Entre janeiro e agosto de 2025, a área sob alertas de desmatamento em Terras Indígenas e Unidades de Conservação compreendeu 108 km2, o que representa uma queda de 48% em relação aos 208 km2 observados no mesmo período do ano passado.
Nas Unidades de Conversação, a devastação foi 51% menor; já em TIs, o Imazon aponta redução de 33% no desmatamento. Apesar de ser o menor registro em oito anos, a Amazônia ainda perdeu mais de 2 mil km² de vegetação nos oito primeiros meses de 2025 – equivalente a quase três vezes a cidade de Salvador.
“O desafio agora é transformar essa diminuição em uma tendência permanente, e não em uma oscilação momentânea”, avaliou a pesquisadora do Imazon Manoela Athaíde.
Em toda a Amazônia, foram desmatados 388 km² em agosto, pontuou Míriam Leitão n’O Globo. Acre (26%), Amazonas (26%) e Pará (23%) foram os estados mais desmatados. A degradação ambiental, provocada por queimadas e pela extração de madeira, também teve queda de 81%, passando de 2.870 km² em agosto de 2024 para 559 km² em agosto de 2025. No acumulado de janeiro a agosto, a queda é de 54%.
Apesar dos números, a área ainda é a sétima maior da série histórica e significa a degradação de 1,8 mil campos de futebol de vegetação por dia, informa 18 Horas.
R7, Pará Terra Boa e Diário do Pará também repercutiram os números do SAD/Imazon.
Em tempo: Um estudo apresentado na Semana do Clima de Nova York sugere que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), junto com o Fundo Jurisdicional REDD+ (JREDD+), pode cobrir metade dos US$ 15,8 bilhões anuais exigidos para o financiamento da proteção das florestas tropicais até 2030. Fontes do Ministério do Meio Ambiente afirmaram ao Estadão que a proposta do TFFF foi bem recebida nas discussões nos EUA.



