
O calor e o número de internações devido à insolação bateram recorde no Japão este ano. Segundo dados preliminares da Agência de Gestão de Incêndios e Desastres do país, mais de 100 mil pessoas foram internadas devido às altas temperaturas entre 1º de maio e 28 de setembro.
Este é o maior número já registrado. Mais da metade dos casos aconteceram com idosos com 65 anos ou mais. Do total, 116 pacientes morreram e outros 36.448 desenvolveram sintomas que exigiram internação, informa a NHK. A temperatura também bateu recorde duas vezes este ano, sendo a maior desde o início dos registros em 1898.
Como destaca o Japan Times, as ondas de calor ao redor do mundo devem se tornar mais fortes e mortais com o aumento das mudanças climáticas. Em agosto, autoridades do governo japonês se comprometeram a reforçar a saúde pública perante o desafio das altas temperaturas.
Foram instalados mais aparelhos de ar-condicionado em ginásios escolares e centrais de resfriamento em espaços comuns como bibliotecas. Para trabalhadores, novas regras entraram em vigor, exigindo que empregadores tomem medidas adequadas para proteger seus trabalhadores das temperaturas extremas, conta o Bloomberg.
A insolação pode causar danos graves aos órgãos se não for tratada rapidamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorreram quase meio milhão de mortes devido ao calor excessivo por ano, entre 2000 e 2019.
Em tempo: O Oceano Pacífico na costa oeste dos Estados Unidos está passando pela sua 4ª maior onda de calor marinha desde o início dos registros em 1982. O calor anormal tem se tornado tema recorrente na região desde 2010. Um dos eventos mais chocantes foi o The Blob, uma enorme onda de calor marinho que se estendeu, por três anos, do Golfo do Alasca ao sul da Califórnia. A bolha teve impactos catastróficos na vida marinha e nos ecossistemas da região. Washington Post, Mongabay e RFI trazem mais informações.



