Novo leilão do Eco Invest Brasil tem mecanismo de proteção cambial

Programa é um novo ecossistema de negócios pautado pelo compromisso com as questões ambientais e climáticas, diz Marina Silva.
9 de outubro de 2025
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Soninha Vill/GIZ

O Tesouro Nacional anunciou na 4ª feira (8/10) a estrutura financeira e os setores prioritários do 3º leilão do programa Eco Invest Brasil. Pilotada pelos ministérios da Fazenda (MF) e do Meio Ambiente (MMA), a iniciativa pretende se consolidar como o principal instrumento de mobilização de capital privado para investimentos em projetos sustentáveis no país, incluindo investidores do exterior.

Na edição atual os recursos serão destinados à aquisição de participação acionária (equity) em startups que atuem com transição energética, infraestrutura verde, bioeconomia e economia circular – nos dois primeiros leilões, que arrecadaram mais de R$ 75 bilhões, o financiamento foi via dívida, explica o Capital Reset. Além disso, a edição traz uma inovação entre países emergentes: um mecanismo de proteção cambial (hedge) para investidores internacionais. A medida, segundo a Agência Brasil, busca reduzir riscos da volatilidade do real e estimular aportes de longo prazo em setores sustentáveis.

A expectativa é que o leilão movimente de R$ 2 a R$ 4 bilhões, a depender da demanda dos bancos e dos investidores – as instituições financeiras interessadas poderão apresentar propostas até 19 de novembro. Um quarto do valor total virá do Tesouro, e o restante deverá ser captado por bancos e fundos junto a investidores estrangeiros e nacionais.

O volume a ser captado é muito menor do que os recursos mobilizados nos dois primeiros leilões, de R$ 46 bilhões e R$ 30,2 bilhões, respectivamente. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, isso ocorre porque os certames anteriores eram para alavancar dívida, que tem valores maiores. Já o equity envolve cifras menores e instrumentos financeiros mais complexos.

No lançamento do novo leilão do Eco Invest, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o programa marca a consolidação de um novo ecossistema de investimentos sustentáveis, ao unir o setor público, o setor privado e a sociedade civil em torno de uma mesma estratégia: transformar o meio ambiente em ativo econômico, informam CNN e Valor. A ministra ainda destacou que o país vive “um momento de virada”, em que a política ambiental deixa de ser apenas normativa e passa a ser produtiva, gerando oportunidades, emprego e inovação.

Valor, InfoMoney, CNN, Exame, Poder 360, Investing.com e Brasil 247 também noticiaram o lançamento do novo leilão do Eco Invest.

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