O ministro de minas e energia, almirante Bento Albuquerque, disse que a terceira usina nuclear de Angra entrará em operação daqui a 7 anos. Não deixa de ser um ato de fé, considerando que ela começou a ser construída na década de 1980 e ainda falta muito para terminar.
O ministro falou à GloboNews que ainda está por ser definido o modelo de negócios que buscará atrair parceiros para o investimento dos bilhões que faltam para terminar a obra.
No final ano passado, um estudo publicado pelo Instituto Escolhas e pela consultoria PSR mostrou que custará mais ao país terminar a obra do que abandoná-la e pagar todas as multas contratuais.
Segundo matéria de julho do Canal Energia, não feliz com um elefante, o governo pretende lançar 4 GW ou mais em capacidade nuclear. Hoje, Angra 1 e 2 têm uma capacidade de 2 GW, que passará a 3,3 GW se e quando Angra 3 entrar em operação.
A Climate News Network relatou, na semana passada, um protesto de moradores da região de Itacuruba, na Bahia, contra a intenção do governo de construir essas nucleares naquele município, nas margens do Rio São Francisco. A ideia é dos anos 90, quando o rio tinha uma vazão cinco vezes maior do que a média dos últimos tempos e o Canal Leste da Transposição do São Francisco era apenas uma linha no mapa. A construção da usina e sua operação competirão pelo uso da pouca água restante.
