
Nos dias 6 e 7 de dezembro, durante a Cúpula de Líderes da COP30, bicicletas irão circular pelos arredores do evento em Belém (PA) levando as mensagens: “Lula: lidere um futuro sem combustíveis fósseis” e “COP30: Lead the world to a future without fossil fuels.”
A ação busca chamar a atenção para a necessidade urgente de eliminar gradualmente, de forma justa e equitativa, o uso de combustíveis fósseis — a única solução real para o enfrentamento da crise climática global.
Com o discurso de hoje, ao afirmar estar “convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos”, o presidente Lula reconhece a urgência de enfrentar as causas estruturais da crise climática. Agora, é fundamental transformar essas palavras em compromisso político concreto como resultado da COP 30, é imprescindível que as nações cheguem a um consenso sobre um plano ambicioso, com metas claras e objetivas, para a redução progressiva do uso de petróleo, gás fóssil e carvão mineral, aliado a uma transição energética justa. Afinal, a queima de combustíveis fósseis é responsável por mais de 70% das emissões que causam o aquecimento do planeta.
Na COP28, em 2023, o texto do Global Stocktake (GST), o Balanço Global do Acordo de Paris, que avaliou o progresso coletivo global na ação climática, reconheceu o afastamento dos combustíveis fósseis como ação urgente para esta década crítica. Os países também devem triplicar a capacidade de produção de energia renovável e duplicar a eficiência energética até 2030.
Mas a falta de compromissos mais ambiciosos por parte dos países, somada a um cenário geopolítico extremamente complexo, com a ascensão do negacionismo climático, e a falta de financiamento internacional adequado, suficiente e justo, colocará à prova o comprometimento dos países com o combate à crise que vivemos. Esse cenário reforça a necessidade de maior pressão política e diplomática para que as próximas etapas avancem em compromissos claros e vinculantes.
“A atividade chama a atenção dos líderes e negociadores para o fato de que o combate às mudanças climáticas depende diretamente de um compromisso global pela substituição dos fósseis. A COP30 precisa marcar o início do fim da era dos combustíveis fósseis. O mundo espera liderança, e o Brasil tem a oportunidade de mostrar o caminho”, afirma Délcio Rodrigues, diretor do Instituto ClimaInfo.



