
O primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz – também conhecido como “o xenófobo de Belém” – afirmou que sua coalizão governista buscará flexibilizar a proibição efetiva de veículos com motor de combustão interna na União Europeia. Merz enviará uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, instando Bruxelas a manter as opções tecnológicas em aberto para as montadoras.
A venda de carros e vans novos a gasolina e diesel no bloco está prevista para ser proibida no bloco a partir de 2035, informam POLITICO e Financial Times. Quando a lei foi implementada, em 2023, o setor rodoviário respondia por mais de 10% das emissões de gases de efeito estufa no planeta, lembra a Folha.
Os conservadores do partido de Merz e os social-democratas, que fazem parte do governo, querem que a UE permita a circulação de veículos híbridos plug-in, carros elétricos com extensores de autonomia movidos a combustão e veículos convencionais “altamente eficientes” após 2035. Os partidos que comandam a Alemanha defendem a flexibilização por avaliarem a situação da indústria automobilística do bloco como “precária”, disse o chanceler em uma coletiva de imprensa em Berlim na 6ª feira (27/11).
A Volkswagen e outras montadoras europeias têm enfrentado dificuldades com as interrupções comerciais com os Estados Unidos, a concorrência acirrada dos veículos da China e a queda na demanda no continente. Dezenas de milhares de empregos no setor já foram cortados, segundo a Bloomberg.
No entanto, a sueca Volvo e sua subsidiária Polestar – a única fabricante de carros totalmente elétricos na Europa -, e centenas de indústrias que já investiram em veículos elétricos e fábricas de baterias se opõem veementemente a flexibilizar a data de 2035, destaca o Guardian.



